[Resenha] O Bom Contágio

O BOM CONTÁGIO

Monja Coen | Editora Best Seller | 142 páginas | 2021
Recebido em parceria com a Editora


O livro da Monja Coen é um lenitivo aos nossos corações frente a esse momento, que todos nós estamos enfrentando, com tantas experiências difíceis, sob tantos aspectos, e que evidenciou o melhor e o pior da sociedade.

“Ninguém pode dar a você alegria de viver. Ninguém pode tirar de você a alegria de ser. A alegria não é uma herança genética. É uma condição a ser desenvolvida, treinada, estudada, praticada.”

“A pessoa impaciente está sempre adiante do que está acontecendo. Perde a experiência sagrada de apreciar o momento presente.”

Emergiu, não só no Brasil, mas em várias partes do mundo, uma parcela da população adepta do ódio gratuito, desmedido e injustificável, nas mais variadas vertentes, despertando, naqueles que têm a clara percepção de que tal comportamento é absurdo, por vezes, ódio semelhante.

“O autoconhecimento permite que você não se ofenda nem ofenda a ninguém. Sabendo quem é, vive com alegria, satisfação e leveza. Não há nada a provar a mais ninguém.”



A Monja vem nos trazer outra perspectiva para a adequação dos nossos sentimentos, para esse momento que mistura o ódio com toda a dor da ausência por aqueles que se foram em decorrência da pandemia. É o exercício da tolerância, embasado no desejo incondicional de não fazer o mal, como alicerce para uma nova postura diante do enfrentamento das dificuldades diárias.

“Sabedoria é a mãe de todos os seres despertos, iluminados, sábios. Você pode e deve despertar. É o seu direito e dever de nascença. Sabedoria não é algo apenas para seres especiais, predestinados, superdotado de inteligência racional, memória e alta escolaridade. Sabedoria é ver a realidade assim como é. Tomar decisões adequadas, acertadas, para o bem de todos os seres.”

Ela se vale das próprias experiências, pelo decorrer da sua iluminação, através do Zen Budismo, e daquelas que testemunhou no trato com outras pessoas, para nos mostrar o quanto é ineficaz tentar alterar o ódio com mais ódio. Os indivíduos têm um tempo diferente na seara da evolução, por isso não devemos ser intolerantes em virtude do anacronismo social.

“Só você pode guiar seu olhar sua percepção e desenvolver a sensibilidade necessária para ir além de seus valores e perceber qual a necessidade verdadeira da planta, do menino, da idosa, do gato, da cadelinha, do plástico e da cortina de seda pura.”

Uma ótima leitura para abrandar nosso coração e abrir a mente; é leve, direta e muito rápida. Uma conversa sem preconceitos, sem julgamentos, com alguém que precisou ir para longe para descobrir que tudo que precisamos, e de mais fundamental, está dentro de nós mesmos.

 
 


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