Olá, leitores!!!
Vamos de #LendoPoe? Projeto realizado junto com o blog Leitura Enigmática e com o autor Bruno Godoi @brunogodoiautor como patrono.
O conto do mês e que encerra este primeiro volume é O Corvo, do livro Medo Clássico - Edgar Allan Poe, lançado pela DarkSide.
A edição da Darkside traz as duas mais famosas traduções do poema - de Machado de Assis e Fernando Pessoa, além do original. O Corvo é um dos mais conhecidos - se não o mais conhecido - poemas de Edgar Allan Poe. É tido como um dos poemas mais assustadores, carregado de melancolia, solidão e sombras.
O Corvo fala sobre um homem perturbado com barulhos vindos da porta de seu quarto, proporcionando uma atmosfera misteriosa e agonizante. O ser que o incomoda quer comunicar-se e afligir o homem psicologicamente a respeito de um trauma relacionado à morte de uma mulher, Lenore.
A chegada do Corvo o assusta de tal modo quanto seus fantasmas diante da tragédia, lhe fazendo lembrar da atual dor de sua alma.
“É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. É só isto, e nada mais.”
A questão da tradução, feita por dois expoentes da língua portuguesa, deixa claro o quanto uma tradução pode trazer uma nova obra e são notáveis as diferenças entre os versos de cada tradutor.
Neste caso, o texto de Machado de Assis opta por deixar a estrutura formal de lado e ater-se mais no conteúdo, enquanto Fernando Pessoa realiza um trabalho mais minucioso e tenta manter, ao máximo, o estilo de Poe.
Eu particularmente apreciei mais a versão de Pessoa.
Mais do que ler um poema e apreciar a obra do autor, vale a pena uma reflexão sobre o texto e ainda conhecer o contexto da época e o processo de criação. E esses são elementos que podemos destrinchar em O Corvo , além do oculto, das metáforas e sentidos dos versos de Poe.
Finalizei essa primeira edição maravilhada e não vejo a hora de começar o próximo livro.
“Com longo olhar escruto a sombra, que me amedronta, que me assombra.”
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