[Resenha] É Fácil Matar

É FÁCIL MATAR

Agatha Christie | Harper Collins | 237 páginas | 2021

Logo na primeira página, já somos apresentados a Luke Fitzwilliam, um policial recém-aposentado e que acaba de chegar à Inglaterra, após residir por muitos anos na Índia. 

No trem, rumo ao seu destino, ele divide a cabine com uma velhinha muito falante, Miss Pinkerton, que durante uma conversa revela que está indo a Scotland Yard, onde ela pretende denunciar uma pessoa, que já foi responsável por quatro assassinatos no vilarejo onde mora. E ninguém desconfia.

Fitzwilliam escuta toda história, mas claro que não dá crédito algum, até que poucos dias depois, ele vê no jornal que Miss Pinkerton havia sido atropelada e morta. Atordoado com o fato, ele decide investigar o que está acontecendo no tal vilarejo.

"- Não, meu garoto, não. É aí que o senhor se engana. É fácil matar... desde que ninguém suspeite da sua pessoa. E veja que a pessoa em questão é justamente a última de que alguém suspeitaria."




O vilarejo em questão é o tradicional lugar com seus habitantes costumeiros. O velho médico, o advogado, um vigário e uma solteirona astuta. Além de um benfeitor e um morador ocultista. Só que com um detalhe, a maioria possui um passado nebuloso, conflitos de rivalidade e a magia negra, ou seja, um ambiente sinistro.

Esse é um livro sem os famosos detetives da autora e com isso minha curiosidade acabou aumentando. Fitzwilliam, apesar de qualquer sinal de competência, é um personagem impecável em seu papel. Ele chega ao vilarejo já bisbilhotando por todos os lugares a procura de pistas. Levanta suspeitas e com isso não demora a ficar na mira do assassino.

Devorei essa história em um dia! Não entrou para os meus favoritos da autora, mas apresentou ingredientes mais que instigantes que me prenderam do início ao fim. Tive certeza do assassino no meio do livro e já estava me dando uma medalha de melhor detetive quando a autora veio e me derrubou com um final cheio de ação e que me surpreendeu.

Se ainda não leu nada da Rainha do Crime, recomendo este!







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