Neste conto, de Frans Magellano, somos levados a refletir sobre nossas ações e os reflexos que têm perante a sociedade. Todos que nos cercam nos observam e podem ser influenciados por nossos atos.

Através de uma relação entre pai e filho, o autor estabelece um diálogo de questionamentos e aprendizado. O filho muito curioso sobre os hábitos do pai passa a indagá-lo sobre algumas situações, como por exemplo o pai acordar tão cedo, antes de ir ao trabalho, e cuidar do jardim.

O garoto via o fato do pai acordar tão cedo como desnecessário e penoso, e aquilo o intrigava. a partir daí o pai passa a ter a oportunidade de mostrar ao filho valores muito importantes para a nossa vida, ou que ao menos deveriam ser.

Os tais valores que o pai começa a transmitir foram aprendidos com algum sofrimento, o que naturalmente acontece a muitos de nós. No entanto quando abrimos nossa mente ao entendimento e à conciliação podemos absorver bons exemplos e mudar nossa conduta, melhorando a relação que temos com a sociedade e consigo mesmo.

O pai adequa sua narrativa ao entendimento do garoto, se usando dos próprios questionamentos do filho, diante das dificuldades que vivencia na escola com os amiguinhos, para transmitir da maneira mais clara possível a mensagem desejada.

O amor, a amizade, justiça e tantas outras qualidades são debatidas de maneira suave e desinteressada, sem o peso e a barreira do rancor ou da vingança. O entendimento é um estado de espírito que deve ser trabalho e acreditado constantemente, pois não é uma questão exata e sim a eterna disposição ao diálogo.

Para este tempo de cisão e desordem, de discursos que tentam esgotar em si a verdade e sem espaço ao contraditório, este livro se faz indispensável. Sem qualquer vertente política ideológica, mas com os sentimentos mais essencias à convivência, o texto pode fazer qualquer um repensar suas atitudes.