[Resenha] 3.338 A Revolução Cibernética

Título: 3.338 A Revolução Cibernética
Autora: Melissa Tobias Editora: Novo Século | Páginas: 208 | Ano: 2020 
Recebido em parceria com a editora

Olá!

A resenha de hoje é do livro 3.338 A Revolução Cibernética, da autora Melissa Tobias e que foi recebido em parceria com a Editora Novo Século.

Melissa é a autora também do livro A Realidade de Madhu, no qual há um trecho que "prevê" a pandemia que estamos passando no momento.

O livro é uma ficção científica que traz o ano de 3.338, onde a Terra após passar pela Quinta Guerra Mundial e praticamente toda civilização humana ser aniquilada, agora se encontrar sob o poder de um único governo, a Nova Ordem Mundial. O ambiente é o mais perfeito possível e com um avançadíssimo sistema tecnológico, no comando de Moonet, uma inteligência artificial. 

O mundo possui os carnudos, que ainda são humanos, e os androídes-zeptoides, que vão receber a consciência humana no tempo certo. E é neste cenário que vamos conhecer Lia Surya, uma adolescente "feia", que não vê a hora de se integrar  a um "belo" corpo zeptoide. 

Uma carnuda comum. Nada mais detestável que isso em uma sociedade onde beleza física é o bem maior que uma pessoa pode ter.

Lia e seu irmão são preciosos nesta nova era, eles são seres cibernéticos, que são raros e possuem o poder de manipular Moonet. O problema é que Lia, após experimentar da "maça do conhecimento", passa a questionar a Nova Ordem Mundial e isso muda tudo.


Eu adoro distopias por trazerem várias reflexões e essa obra é fantástica nesse quesito, levantando situações e questionamentos bem pertinentes nos dias de hoje.

Aqui os "seres humanos" se acham feios e gordos, e aguardam o momento de passarem a ser um androide e então possuir um corpo perfeito e aceitável. Sem beleza, não há felicidade. Ou seja, um mundo em total alienação diante das diretrizes de um governo que no fim manipula tudo e todos, prometendo uma suposta paz e evolução.

Todos obedientes, acreditando que vivem uma utopia, só que não é bem assim. A liberdade não existe, é apenas uma fórmula encontrada pelo governo para se manter no poder. 

Utopia é uma ilusão viciante. Esse é o vício que mantém todos obedientes ao governo.

O livro é uma leitura rápida e assustadora, pois apesar de não tratar nossa realidade plena, podemos ver situações e momentos que nos aproxima perigosamente de um mundo aqui retratado. As críticas políticas são severas, um governo totalitário e opressor e seres totalmente alienados diante de uma alta tecnologia que só os manipulam. 

Foi a primeira obra que li da autora e me surpreendeu de forma bastante positiva. Uma leitura altamente recomendável.






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