[Resenha] The Outsiders: Vidas sem Rumo

 


Título: The Outsiders: Vidas Sem Rumo 
Autor: S. E. Hinton | Editora: Intrínseca | Páginas: 240 | Ano: 2020


The Outsiders: Vidas Sem Rumo, de Susan E. Hinton, foi publicado  pela primeira vez em 1967 e ficou imortalizado em 1983 pelo filme de Francis Ford Cappola. Através de uma narrativa complexa e sensível que nos remete para o início da década de 60, onde vamos conhecer uma juventude marginalizada em um cotidiano violento.

A história, narrada por Ponyboy, traz um pouco do seu dia-a-dia com sua gangue, os Greasers. Ele tem 14 anos e é o mais novo de três irmãos. Apaixonado por livros e cinema, ele tenta através dessas histórias encontrar  uma outra realidade.



A cidade é dividida entre a rivalidade de dois grupos. De um lados os Greasers, a parte marginalizada com o cotidiano marcado pelas brigas e perseguições com os Socs. Estes moram no lado rico, frequentam os melhores lugares e vivem para espancar qualquer Greasers que cruzar seus caminhos.

As coisas parecem seguir sob controle, até que uma perseguição com os Socs tem um desfecho trágico e inesperado. Nada será como antes, porém os Greasers são uma família e eles farão de tudo para proteger os seus.


Em algum momento da minha vida, assisti ao filme e eu não sabia que era baseado em um livro. Porém foi uma história que ficou marcada e hoje, mesmo  tão antigo, continua sendo tão atual e para mim foi uma grata experiência conhecer a obra.

A autora nos mostra o retrato cru das desigualdades sociais, uma realidade dura e sofrida. No entanto, a obra vai mais além. Os personagens são muito bem desenvolvidos, todos com características muito bem apresentadas e trabalhadas. E no decorrer da leitura vamos perceber que pessoas vão muito além de aparências e de grupos, há uma identidade única. 

Naquela hora eu entendi tudo. Soda brigava por diversão, Steve, por raiva, Darry, por orgulho, Two-Bit, para ser igual aos outros. Por que eu brigo?, pensei, e não consegui encontrar nenhum bom motivo.


É uma leitura que nos faz refletir. Ponyboy é jovem demais, seus amigos também, no entanto não os impedem de passarem por momentos desastrosos. Pelas batalhas em conjunto, como também as individuais. E o que achei maravilhoso foram os laços de amizades, que nos fortalece em cada passo. 

No fim das contas os Socs eram só caras normais. A vida era dura  para todo mundo, mas era melhor assim. Assim você sabia que o outro cara também era um ser humano.

Apesar de intensa, a leitura é rápida. O livro é emocionante do início ao fim, principalmente a parte final, que foi forte demais. Com certeza uma leitura que me proporcionou diversos sentimentos dos mais variados. 



Nenhum comentário

Não saia sem deixar um recadinho pra nós!