HONRA, AMOR E CAFÉ
Ana Claudia
Independente | 2020 | 34 páginas
O conto se passa durante o século XIX, no Brasil Império. Aika é uma jovem, filha de imigrantes japoneses e logo no começo acompanhamos sua angustia por deixar seu país para tentar uma vida melhor em terras desconhecidas. Em uma fazenda de café, no Brasil.
Ainda tentando se adaptar a nova rotina, aos costumes e ao trabalho, ela conhece outros imigrantes, em especial Caterine, uma italiana, que também trabalha na mesma fazenda. Caterine é doce, afável e ajuda Aika a suportar a saudade de seu país.
Creio que o pior dia de nossas vidas tenha sido, até hoje, quando saímos do Porto de Kobe. Era gente de todo tipo andando de uma lado para o outro, cheios de bagagens, se empurrando e minha mãe, como sempre, tentando cuidar de mim.
Tão logo, a moça também encontra um amor, Benício, que rouba completamente seu coração. Mas como nem tudo são flores, muitos obstáculos terão pela frente, ainda mais tendo em seu caminho o obcecado filho do patrão.
Eu particularmente gosto muito de contos, ainda mais aqueles que mesmo em poucas páginas conseguem passar uma história completa, envolvente e repleta de ingredientes maravilhosos.
Neste acompanhamos Aika e sua difícil adaptação em outro país diferente do seu, em um tempo que as mulheres pouco tinham direitos e o marido que ditava as regras.
É interessante também a parte das lavouras de café, o navio, descrito pela personagem de forma intensa, no qual os imigrantes chegavam em busca de novos caminhos. O leitor se vê completamente dentro de cada passagem.
Com a chegada da primavera, na abertura das flores, o cafezal ficara lindo, repleto de várias delas, delicadas e brancas ao longo dos ramos, parecendo um véu de renda a enfeitar nosso amor.
Além do tema imigração e do romance, vamos ter uma pitada de suspense, relação familiar e superação. Tudo em uma escrita fluída e cheia de sentimentos.
Se ainda não leu, recomendo!
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