Oiee!!!
Faz tanto tempo que não trago Um pouco de poesia... aqui para o blog. Mas hoje passei meu dia com esse poema de Carlos Drummond de Andrade na cabeça, que é um dos meus favoritos. Por isso, agora compartilho com vocês.
Mãos Dadas
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente .
Carlos Drummond de Andrade
A o tempo dos verbos ... como nossa relação com eles muda, não? Adoro a sensação de ler algo e anos depois parecer que não tinha lido, somos muito reativos e experiências mudam nossa conexão com palavras o tempo todo, por isso gosto tanto de escrita poética, parece que a emoção quando colocadas em palavras viram algo mágico, elas não só serão lidas mas não interagir com o leitor :)
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