[Resenha] BTK Profile: Máscara da Maldade


BTK PROFILE : MÁSCARA DA MALDADE

Roy Wenzl, Tim Potter, Hurst Laviana e L. Kelly.
DarkSide Books | Ano: 2019 | Páginas: 416



ALERTA : Pode conter gatilhos! Trata de assuntos fortes como assassinato, sequestro, tortura e violência.

BTK Profile: Máscara da Maldade faz parte do selo  Crime Scene, da Editora DarkSide Books. Assim como os demais livros deste selo trata-se de um caso real de serial killer.

Dennis Lynn Rader ou BTK, como ele próprio se intitulou (BTK, do inglês Blind, Torture, Kill, ou seja, amarrar, torturar, matar), desafiou a polícia da cidade de Wichita, no Kansas, por mais de 30 anos. 

Um assassino extremamente cruel e violento, BTK matou 10 pessoas entre os anos de 1974 e 1991. Seu modus operandi era escolher a vítima de forma aleatória, quem ele seguia por dias, invadia a casa, cortava a linha telefônica e as amarrava. Seguindo dai uma sessão de tortura até a morte.

Difícil me controlar. Vocês provavelmente me chamam de ‘psicótico com perversão sexual por enforcamento’. Onde esse monstro entra no meu cérebro eu nunca vou saber. Como alguém pode se curar?

O início de seus ataques deu-se em janeiro de 1974 pela família Otero, onde ele assassinou o pai, a mãe e dois dos filhos do casal. Seu alvo era Josephine, uma garota de 11 anos apenas. Poucos meses depois, BTK fez nova vítima. E assim foi por mais de três décadas, com alguns intervalos de tempo de um assassinato a outro.

Apesar dos muitos erros cometidos pelo assassino, as investigações da época eram pouco promissoras, pois não dispunham de muita tecnologia ainda, por isso foi impossível a associação de BTK entre um crime e outro, 0 que fez com que o próprio serial, entrasse em contato com o jornal local, reivindicando seus crimes. E isso por mais de uma vez, o que acabou ajudando de certa forma nas investigações.


Rader teve uma vida estruturada, sem abusos na infância, era pai de família, escoteiro e frequentador assíduo da igreja, ou seja, um cidadão acima de qualquer suspeita. Mas por trás desse modelo, encontrava-se uma mente cruel e dona de fantasias perturbadoras.

O livro começa colocando Rader como centro da narrativa, logo depois vamos conhecer os detetives e jornalistas envolvidos no caso. A partir daí temos um paralelo entre a vida de BTK e Landwehr, um dos principais responsáveis na época pelas investigações. E o interessante aqui é que ao acompanhar a cronologia dos assassinatos, vamos perceber o quanto a vida das pessoas foram afetadas. Devido a isso é difícil não sentir certa emoção no momento da captura de BTK após tantos anos. Um dos pontos fortes da leitura.



BTK : Máscara da Maldade não é um livro fácil, por mais que o leitor esteja acostumado a esse tipo de leitura e algumas partes eu senti que foram um pouco desnecessárias também. Mas para quem gosta de conhecer e pesquisar sobre o assunto, é mais uma obra que pode ser acrescentada às leituras. 


A mente humana e o pior do ser humano são tratados aqui e realmente você vai se chocar. E vai ser levado a pensar também, não só na família das vítimas, mas na família desses criminosos. Como seria para uma família descobrir que o marido devoto e pai dedicado esconde uma obsessão doentia e cruel?

Quanto a edição, não tem o que falar. Impecável! A máscara da capa foi um item usado por BTK como parte de suas fantasias sexuais, onde ele se vestia de mulher e tirava fotos de si mesmo. E eu considerei uma escolha acertada para compor a capa.












5 comentários

  1. Eu sempre tenho muito interesse em ler sobre serial killers, especialmente pelo lado psicológico (tenho muita curiosidade de entender como funciona uma mente tão perturbada) e policial (gosto de acompanhar todo o processo investigativo). Sobre o BTK conheço muito pouco, só li uma vez sobre a história e não sei maiores detalhes. Esse parece ser um livro bem interessante, apesar da temática pesada.

    ResponderExcluir
  2. Confesso que o título e a capa me chamaram bastante a atenção, a delicadeza da cor rosa contrasta com a história pesada que o livro traz. Serial killers sempre me chocam, é perturbador saber até onde vai a maldade humana.

    ResponderExcluir
  3. Confesso que tenho "esquivados" desse tipo de leitura, mas já me interessei bastante pois sempre gostei de saber sobre os "venenos" da mente, até para se necessário, recorrer a "antídotos" rs. Parabéns pelas fotos e pela resenha :)

    ResponderExcluir
  4. Acho essas figuras fascinantes e já tomei nota do livro aqui para virar suas páginas. Claro que não queria me encontrar com um a solta no mundo, mas uma entrevista com um prisioneiro seria válida, para ouvir e questionar suas inversões. Acho interessante como a realidade os afeta. É um gatilho que ao ser disparado torna um ser humano comum em monstro e a gente nunca sabe exatamente o que irá causar tal disparo.
    A mente humana é realmente estranha.
    Já estou doida para ler.

    bacio

    ResponderExcluir
  5. Acho essa capa um espetáculo, mas, não tenho intenção de ler...
    Abraços

    ResponderExcluir

Não saia sem deixar um recadinho pra nós!