Urucumacuã é uma rica história de fantasia que se utiliza de elementos do vasto folclore brasileiro. É um enredo que vem para reavivar e valorizar os personagens da nossa cultura popular, talvez, há muito tempo, num processo de esquecimento, sob o avanço da globalização e importação de símbolos culturais estrangeiros que vêm sendo absorvidos pelo nosso país. 

A história acontece em terras da Amazônia, numa paisagem tropical, naturalmente bela e exuberante. Com reis, magos, bruxos, guerreiros e tudo mais! 

Essas figuras têm seus poderes, habilidades e domínios. Os interesses, às vezes em comum, geram conflitos, bem como a moral diversa entre eles.

Diante de uma traição nasce um mito do rio; a falta de uma perna caracteriza um povo que participa de um evento bem peculiar. Assim, e por muitas outras explicações, a autora passa a explicar o surgimento dos personagens do nosso folclore, num misto do que já está fixado em nossa história, somado à sua criatividade e fantasia. 

Um rei aguarda, ansiosamente, o nascimento dos filhos gêmeos e toda a glória que poderão trazer. Instruído por um mago, esse rei vai seguindo as orientações, por nele muito confiar, baseada nas diretrizes das caixas que tem de abrir a cada dia que precede o parto da amada esposa. 

A possibilidade de um grande tesouro aguça a muitos, e gera a busca pelas preciosidades. Paixões proibidas e força de um príncipe guerreiro põem fogo nesta bela trama. 

Recomendo a leitura, principalmente aos fãs das fantasias; e parabenizo a autora pela importante homenagem e reavivamento do folclore brasileiro.