[Especial Literário] Ariano Suassuna

Oie, leitores!! Como estão?

Hoje o Especial Literário é com um escritor muito querido por mim, Ariano Suassuna!



Ariano Suassuna foi escritor e dramaturgo brasileiro, autor do Auto da Compadecida, considerada sua obra prima que foi adaptada para o cinema e televisão.

Além de escritor renomado e um dos maiores do Brasil, Ariano foi professor e idealizador do Movimento Armorial que valorizou as artes populares.

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, na cidade de João Pessoa, Paraíba. De família abastada, seu pai era governador do Estado. Após o assassinato do mesmo, a família muda-se para Taperoá e mais tarde para Campina Grande, cidades da Paraíba.

Em sua adolescência foi viver em Recife e ali estudou Direito, formando-se em 1950. Durante esses anos escreveu sua primeira peça de teatro "Uma Mulher Vestida de Sol", pela qual recebeu o prêmio Nicolau Carlos Magno.


Em 1955, Ariano escreve a peça "O Auto da Compadecida" que se enquadra na tradição medieval dos Milagres de Nossa Senhora, em que numa história mais ou menos profana, o herói em dificuldades apela para Nossa Senhora. Em estilo simples, o humor e a sátira une-se num tom caricatural, porém com sentido moralizante.

Casou-se com Zélia de Andrade Lima Suassuna em 1957 e com ela teve seis filhos.

Atuou como professor durante anos e em 1994, aposentou-se pela Universidade Federal de Pernambuco. De 1969 a 1974 foi diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE.

Em 1971, publica "Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta", que demorou 10 anos para ser concluído. Na obra o personagem Quaderna utiliza elementos de cordel, da epopeia, do romance de cavalaria, das tradições populares para construir uma farsa que transita entre o popular e o erudito.

Em 2007, assume a Secretaria Especial de Cultura do Estado, convidado por Eduardo Campos.

Ariano Suassuna faleceu em 23 de julho de 2014, em Recife, vítima de complicações de um AVC hemorrágico. O escritor contava com 87 anos.


Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.





Obras


Suassuna escreveu ensaios, romances, dramaturgias e poemas. A maior parte de sua obra está relacionada com os elementos nordestinos.

Uma Mulher Vestida de Sol, 1947
Cantam as Harpas de Sião (ou o Despertar da Princesa), 1948
Os Homens de Barro, 1949
Auto de João da Cruz, 1950 (Prêmio Martins Pena)
Torturas de um Coração, 1951
O Arco Desolado, 1952
O Castigo da Soberana, 1953
O Rico Avarento, 1954
Ode, 1955 (poesia)
O Auto da Compadecida, 1955
O Casamento Suspeito, 1956
A História de Amor de Fernando e Isaura, 1956
O Santo e a Porca, 1958
O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna, 1958
A Pena e a Lei, 1959
A Farsa da Boa Preguiça, 1960
A Caseira e a Catarina, 1962
O Pasto Incendiado, 1970 (poesia)
Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta, 1971 (parte da trilogia)
Iniciação à Estética, 1975
A Onça Castanha e a Ilha Brasil, 1976 (Tese de Livre Docência)
História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da Onça Caetana, 1976 (parte da trilogia)
Sonetos Com Mote Alheio, 1980 (poesia)
Poemas, 1990 (Antologia)
Almanaque Armorial, 2008



O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.




2 comentários

  1. Amigaaa! Sou fã demais! Que arraso esse Especial! Adorava ouvi-lo contando "causos"! Um grande mestre da escrita e você nos presenteou de forma plena! Sou grata e te parabenizo! Eu já havia, em conversa contigo, lhe ouvido falar do quadro. Não pude ser-lhe apresentada de maneira mais bonita!
    Beijos!!!!

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  2. Ah, eu amo Suassuna. Maravilhoso os seus comentários, escritos e tudo que ele produziu em vida. Tem alguns vídeos dele com os quais me divirto imenso. Principalmente os que ele fala dos artistas contemporâneos. rs
    Amei o seu post

    bacio

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