ÉDIPO REI
Autor: Sófocles | Ano: 2018 | Páginas: 128
Editora: Zahar | Adicione ao Skoob
Édipo Rei é uma clássica obra das tragédias gregas, considerada um perfeito modelo desse estilo de literatura.
Escrita por Sófocles, por volta de 427 a.C, essa tragédia grega retrata a sina de Édipo, amaldiçoado por um destino tão atroz quanto chocante. O aclamado rei de Tebas, ao buscar informações sobre sua origem, vê se concretizar a predição dos oráculos sobre a sua vida.
Édipo se torna rei de Tebas, depois de deixar a terra em que morava, fugindo de uma maldição que lhe previram, e ao resolver um enigma proposto pela Esfinge, um ser metade leão e metade mulher. Ao decifrar o desafio, ele livra Tebas das maldades desse ser, que devorava os que erravam a resposta.
Édipo também se casa com Jocasta, a viúva de seu predecessor no trono, o rei Laio, morto em uma suposta emboscada por vários homens.
Tudo parecia ir bem; Édipo gerou filhos com Jocasta e o povo o considerava um bom homem. No entanto as pragas passaram a pairar sobre Tebas, trazendo sofrimento e desgraça ao povo. O oráculo, ao ser consultado, informa que a terra só terá paz quando o assassino de Laio for revelado. E diz mais: que esse assassino não é estrangeiro, como antes se havia falado.
Atento àquele povo, Édipo passa a investigar os fatos, mas encontra muita dificuldade para saber a verdade, já que o crime acontecera há tanto tempo. Por isso decide consultar o profeta Tirésias, sobre que caminho tomar.
Tirésias aponta que o mal vem do próprio Édipo e isso irrita ao rei. O profeta aponta que o rei é amaldiçoado, por isso é irremediável o mal recair sobre Tebas enquanto ele a governar.
Édipo pensa estar sendo vítima de um complô para derrubá-lo do trono, e que Creonte, irmão de sua esposa, participa disso. Ele começa a fazer acusações e a agir intempestivamente, gerando muitos conflitos.
Certo é que quanto mais ele busca a verdade, mais seu destino parece persegui-lo e se cumprir, fazendo florescer em seu coração uma agonia sem tamanho, pela decepção sobre tudo aquilo que conquistou.
Essa foi uma leitura muito emocionante e desafiadora, não só pelo desfecho da história em si, mas também por como transcorre o texto. Ele nos faz sentir a agonia de Édipo e Jocasta, a cada novo depoimento sobre o passado de Édipo.
Um destino acorrentado, fadado a um resultado final invariável e maldito, que se segue a cada momento do rei. Com um desfecho triste, que caracteriza as obras desse gênero, mas que abre espaço para a sequência desse mito: Édipo em Colono e Antígona.
Leitura indispensável; histórica e vibrante. Sófocles traz uma riqueza de sentimentos e sensações num texto que devemos experimentar.
Li a edição da Zahar, bolso de luxo. Com um trabalho impecável, da tradução ao design, um texto em versos teatralizado, que flui muito bem e nos permite degustar uma história que, há séculos, emociona à quem conhece lê.
Nossa, eu li na minha infância. Tinha paixão por mitologias. Tinha vários livros com ilustrações. Nessa história em questão, eu sempre questionei a atitude do Rei, porque ele escolheu no bendito do Oráculo, que sempre me pareceu ser um brincalhão que se divertia com o medo que provocava em quem o procurava.
ResponderExcluirTanto pai quando filho procuram o Oráculo e fogem de sua previsão e ao fugir, fazem exatamente o que foi previsto e sem saber.
De qualquer maneira, serviu para Freud explicar certos comportamentos de meninos e meninas por aí. Ah quem diga que ele mesmo era apaixonado pela mãe. rs
Adorei o post e viajei, claro...
bacio
Uma história curiosa :))
ResponderExcluirHoje:- Embriagada na saudade da distancia.
Bjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira.
Nos anos 80 a Globo fez uma adaptação televisiva deste clássico da mitologia através da novela Mandala. Vera Fischer era Jocasta e Felipe Camargo foi Édipo. É uma história ao mesmo tempo triste e chocante.
ResponderExcluirNossa, vocês são cultos demais! Adoro isso! Um mega clássico da Literatura Nacional! São leituras assim que nos enriquecem! Parabéns pela resenha!Ficou um arraso! Feliz 2019!
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