[Resenha] Cem Anos de Solidão


CEM ANOS DE SOLIDÃO
Autor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Record
Ano: 2013
Páginas: 450
Skoob


SinopseMuitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo... Com essa frase antológica, García Marquéz, Prêmio Nobel de Literatura de 1982, introduz a fantástica Macondo, um vilarejo situado em algum recanto do imaginário caribenho, e a saga dos Buendia, cujo patriarca, Aureliano, fez trinta e duas guerras civis... e perdeu todas.
García Marquéz já despontava como um dos mais importantes escritores latino-americanos, no início da década de 1970, quando Cem anos de solidão começou a ganhar público no Brasil. O livro causou enorme impacto. Na época, o continente estava pontilhado de ditaduras. Havia um sentimento geral de opressão e de impotência. Então, essa narrativa em tom quase mítico, em que o tempo perde o caminho, em que os episódios testemunhados e vividos acabam se incorporando às lendas populares, evoca nos leitores uma liberdade imemorial, que não pode ser arrebatada. E tão presente. Tão familiar e necessária.
Em Macondo, os mortos envelhecem à vista dos vivos e os anjos chegam, sempre, em dezembro. Entretanto, García Marquéz nunca aceitou que suas narrativas fossem rotuladas como fantasia. Talvez porque isso exilasse Macondo num outro mundo, que nem a solidão ou a liberdade pudessem alcançar. Cem anos de solidão é a mais pura história do povo latino-americano. Mas ultrapassa o momento e expõe a alma dessa história - ou como é vivenciada.



Olá!!

E hoje é dia de resenha do Desafio Cultura (mais informações na lateral do blog) e como o tema da vez seria um livro de um escritor latino americano minha escolha foi um dos meus favoritos: Gabriel Garcia Márquez!

Cem Anos de Solidão foi um dos livros mais emocionantes que já li e fazer sua resenha não é uma tarefa muito fácil.

O livro conta a história da família Buendía, fundadores do pequeno povoado de Macondo



José Arcádio Buendía e Úrsula Iguarán, nossos personagens, além de casados são primos e, após um fato um tanto bizarro que acontece no vilarejo onde moram, são "obrigados" a partir para outras terras.


Assim, eles começam a abrir caminhos ao longo das matas e nessa jornada muitas famílias se juntam a eles. Ao encontrarem um rio, resolvem se estabelecer por perto, formando o povoado de Macondo, onde se passa toda nossa história.



Não demora muito o povoado começa a receber a visita de uma caravana de ciganos, entre eles Melquíades, que como bom viajante do mundo apresenta muitas modernidades para José, este por sua vez é um visionário e diante de tantas novidades desperta em si a sede pelo conhecimento.

“A gente não é de um lugar enquanto não tem um morto enterrado nele.”

José é um grande sonhador e sua amizade por Melquíades lhe rende várias histórias das andanças feitas pelo cigano, o que acabam despertando mais ainda sua imaginação fantástica, quase beirando a insanidade.

Úrsula é a mulher forte, é sensata e o alicerce da família. Junto com seus filhos AurelianoJosé ArcádioAmaranta e a adotada Rebeca vão dar início a toda história de gerações futuras, que levará o leitor a acompanhar os próximos cem anos da família Buendía.



O que poderia ser apenas a história de uma família é muito mais que isso. Cada personagem, que já digo são vários, é único e profundamente desenvolvido pelo autor. Você adentra de tal forma na família que fica impossível não se imaginar fazendo parte de tudo.

“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo."

Por falar em vários personagens, alguns nomes são repetidos várias vezes de geração em geração, isso pode confundir um pouco o leitor à princípio, mas creio que tal situação é meio providencial pelo autor, para demonstrar a ideia de fatos que se repetem de tempos em tempos e como é vivido individualmente por cada um, e também para intensificar a forte ligação entre os membros da família.

A narrativa é feita em terceira pessoa, com parágrafos bastante extenso e recheado de informações, por isso aconselho uma leitura sem pressa, que poderia levar a perder detalhes preciosos da história. Outra característica da obra de Garcia Márquez é  a manipulação do tempo, ou seja, está acontecendo nesse exato momento ou é somente a lembrança do personagem? Fique atento a isso.


“Tudo é questão de despertar a alma”

Cem Anos de Solidão é uma história linda, forte e grande! Não foi à toa que ganhou o Nobel em 1982! Recheado de acontecimentos cotidianos, costumes, crimes, superstições e casos um tanto fantásticos, é um livro de uma riqueza enorme. Você vai amar conhecer a escrita do autor. Leitura obrigatória!

A edição da Record está linda e muito bem feita!



2 comentários

  1. Cem Anos de Solidão é majestosamente formidável. Já o li e reli algumas vezes. A cada leitura é uma viagem fantástica.

    ResponderExcluir
  2. o patriarca da família foi José Arcádio Buendía e não Aureliano.

    ResponderExcluir

Não saia sem deixar um recadinho pra nós!