O CONDE DE MONTE CRISTO
Autor: Alexandre Dumas
Editora: Zahar
Ano: 2012
Páginas: 1663
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Sinopse: Traições, denúncias anônimas, tesouros fabulosos, envenenamentos, vinganças e muito suspense. A trama de O Conde de Monte Cristo traz uma emoção diferente a cada página e talvez isso explique porque a obra do escritor francês Alexandre Dumas se transformou em um clássico da literatura mundial, mexendo com a imaginação dos leitores há mais de 150 anos.
No romance, o marinheiro Edmond Dantés é preso injustamente, vítima de um complô. Anos depois, consegue escapar da prisão, enriquece e planeja uma vingança mirabolante. A galeria de personagens criada por Dumas faz um retrato fiel da França do século XIX, um mundo em transformação, em que passou a ser possível a mudança de posições sociais. As aventuras de Dantés ainda ganharam diversas versões cinematográficas que colaboraram para o sucesso da trama.
Olá, pessoal!
A resenha de hoje é do livro O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Vamos as minhas impressões?
O jovem marujo, Edmond Dantes, regressava de mais uma
empreitada comercial, a bordo do navio Pharaon. Por ocasião de uma enfermidade
que vitimou o capitão, e sendo seu imediato, tornou-se o sucessor no comando da
embarcação. O também agregado à missão, Danglars, uma espécie de contador do
grupo, sente-se lesado por não ter sido ele o contemplado ao cargo.
Mais tarde, com o auxílio de pessoas do círculo de confiança
de Dantes e já com um plano delineado em sua mente, Danglars executa sua
traição, mudando total e drasticamente a vida do promissor marinheiro.
"E agora - disse o desconhecido -, adeus bondade, humanidade, gratidão... Adeus a todos os sentimentos que regogizam o coração...!
O plano de Danglars coloca Dantes na cadeia, suspendendo, a
princípio, seu intuído de casamento e ascensão profissional. Ele é retirado de
sua festa de noivado com Mercedes e destinado ao sofrimento e à solidão de um
calabouço fétido e úmido, em uma ilha isolada.
Decorrido certo período na prisão, eis que surge em sua
cela, inesperadamente, um senhor idoso, através de um túnel escavado por
ferramentas artesanais. O intitulado abade Faria teria errado o cálculo do
objetivo do percurso e saído no cárcere de Dante. Este erro foi providencial ao
ex-marujo, que se sentindo a ponto de desistir da própria vida, com a sanidade
mental sob risco, passa a enxergar no agora amigo Faria, a possibilidade de
desenvolver uma maneira de fugir do buraco ao qual fora injustamente jogado.
O abade Faria era um homem extremamente instruído e culto. A
partir do encontro com Dantes passa a lhe ensinar todo o possível sobre os mais
variados ramos da ciência, subsidiando o desenvolvimento das novas intenções do
seu pupilo.
Livre do cárcere, com uma nova vida propiciada pelo
conhecimento e riqueza advindos do velho abade, Dantes adota o título de Conde
de Monte Cristo, mesmo nome da ilha em que baseia sua nova morada e seu
comandados.
O Conde, com a influência que o dinheiro garante, permeia-se
na sociedade. Sua aguçada percepção e perspicácia lhe permitem descobrir os
mais tórridos segredos e pecados praticados pelos seus desafetos.
A argúcia do personagem torna-se o imã de nossa atenção,
pois cada passo, cada atitude ou decisão é ligada a outro fato mais adiante. A
engenhosidade inesperada surpreende o tempo todo; tudo isso regado a um
sentimento de vingança inexorável no coração de Dantes.
Os conflitos da alma, impressos nos anos de sofrimento e o
desejo de redenção, que nos atinge como leitores são iminentes nesse ponto da
história. Anseia-nos, por vezes, que o sofrido homem injustiçado, agora
poderoso, perdoe seus algozes. Porém muitos são os pecados e o Conde de Monte
Cristo será implacável.
"Esperar e ter esperança".
A história de Edmond Dantes é o retrato de muitas outras.
Pois na obra de Dumas, mestre incontestável da literatura, todos podemos nos
encontrar, com maior ou menor familiaridade em alguma página, se a sinceridade
nos acometer.
É impossível não se maravilhar com o primor de uma obra tão
bem intrincada; e fascinante constatar o quanto foi bem trabalhada uma das
maiores obras de Dumas. Seguramente, esse é o melhor livro que tive a
oportunidade de ler. Valeu cada uma das mais de 1600 páginas da edição Bolso
Luxo, da Editora Zahar, muito caprichada, diga-se de passagem.
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